A metáfora antropofágica em Todas as vezes que dissemos adeus de Kaká Werá Jecupé
DOI:
https://doi.org/10.25071/1925-5624.40349Resumo
Como uno de los primeros autores indígenas de Brasil en plasmar en forma de libro los mitos de su pueblo de origen, Kaká Werá Jecupé ocupa un espacio de enunciación privilegiado en relación con otros escritores que han publicado libros sobre el arte oral de los indígenas. Sus libros, obras que rescatan y transmiten la memoria ancestral del pueblo guaraní, tienen la cualidad de haber sido escritos por alguien que pertenece a esta cultura. Según Kaká Werá Jecupé, hasta la publicación, en 1994, de la primera edición de Todas as vezes que dissemos adeus, la cultura indígena brasileña había sido siempre presentada a través de la voz de antropólogos, indigenistas o especialistas en ciencias sociales. En este artículo abordo los ecos y resonancias que tiene en esta obra la metáfora antropofágica—un rastro de la cultura indígena destacado por Oswald de Andrade como gesto político para interrogar la relación entre el yo y el otro. Abordo esta metáfora como punto de partida para analizar la posición de Kaká Werá Jecupé, su condición de vivir "entre dos mundos", y su misión de revelar su tradición milenaria a la llamada civilización y promover la apertura del diálogo entre culturas.
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