A Postbilingual Zone? Language and Translation Policy in Toronto

Autores

  • Lyse Hébert

DOI:

https://doi.org/10.25071/1925-5624.40331

Palavras-chave:

políticas de tradução, políticas linguísticas, Toronto, bilinguismo official, pós-bilínguismo

Resumo

No Canadá, a tradução sempre foi conceituada no seio de processos históricos e politicos multidimensionais e imbricados, ligados à construção da nação. Uma das vertentes destes processos é a política linguística, conhecida como “bilinguismo official”.  Este construto nacional é tão enraizado, que o Governo Federal não reconhece a necessidade de adequar as leis canadenses relacionadas às línguas com qualquer legislação sobre a tradução. Apesar dessa lacuna – ou, talvez, em decorrência dela – o mercado profissional de tradução surgiu inicialmente como um corolário do bilinguismo official e se mantém determinado por este a priori, o que também orientou a formulação de programas de treinamento de tradutoras nas universidades. Ao privilegiar o inglês e o francês em detrimento de outras línguas “minoritárias” que já foram (ex., línguas indígenas) e/ou podem se tornar (ex. ucraniano, espanhol, chinês, árabe, urdu, etc) veiculares em certas regiões ou cidades, as políticas públicas, que incluem o conteúdo curricular e o financiamento de programas de formação universitária, têm também restringido o treinamento de tradutoras às “línguas oficiais”. Este trabalho apresenta dados preliminares de um projeto que propõe modelos para políticas linguísticas pós-bilíngues e relacionadas à tradução. De modo específico, focalizamos Toronto, um dos espaços mais heterogêneos linguisticamente, e sua política de tradução multilíngue.  Com base na adaptação do modelo de planejamento linguístico de Spolsky, proposta por González Núñez, defendemos uma série de políticas linguísticas e de tradução para compor as realidades díspares e, não raro, contraditórias nas regiões pós-bilíngues do Canadá, ressaltando os elementos que poderão informar as políticas de base empírica. Com o respaldo de pesquisa no campo dos direitos linguísticos (ex. De Schutter), este trabalho também apresenta uma discussão preliminar sobre políticas linguísticas e de tradução que poderá impulsionar a elaboração de novos modelos de formação para tradutoras, que garantam às falantes de línguas minoritárias acesso igualitário aos serviços de tradução.

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Como Citar

Hébert, L. (2017). A Postbilingual Zone? Language and Translation Policy in Toronto. Tusaaji: A Translation Review, 5(1). https://doi.org/10.25071/1925-5624.40331

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